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 Correio de Santo Antônio





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Editorial

 

sejam bem vindos

 


O Estado Retoma Seu Território:

 

No Rio de Janeiro vimos nestes dias verdadeira operação de guerra. Uma guerra onde à polícia, leia-se o Estado, tenta ocupar território que não pertencia mais ao Brasil.

Um território dominado pelo crime organizado, aonde a lei, a justiça e a assistência social era praticada não pelo governo, mas pelos criminosos. Nestas regiões (ou “comunidades”) o crime organizado remunera os jovens pelo trabalho ilícito com ganhos superiores ao labor legal, isso quando não viciam os jovens para trabalharem pelo seu vício.

As respostas dos bandidos foram ônibus e veículos queimados em todo o Rio de Janeiro, mas a policia não saiu do território para apagar incêndios. Continuou a invasão e mais de trezentos (como relata a televisão) bandidos armados fugiram da invasão policial para outra “comunidade”, que logo depois foi dominada pela Policia.

- Os criminosos desocuparam seu território, sua “comunidade”. Perderam sua casa.

Durante décadas tais “comunidades” não pertenciam mais ao Brasil, eram ilhas dominadas pelo crime organizado dentro das metrópoles. Refugiu seguro aonde a policia não entrava, onde quem mandava era o crime.

Quarenta toneladas de drogas, trezentas motos roubadas, veículos furtados e até mansões eram de “propriedade do crime organizado”.

Ocupando tais territórios o “governo do crime nas comunidades” não tem mais sua ilha, pois a polícia e os fuzileiros navais conquistam o “país”, ou melhor, a comunidade e sua população, que é a maioria, voltam a ser do Brasil.

A pacificação das comunidades, dos bairros, pela polícia consiste em devolver ao Brasil o que é dos brasileiros. Bandidos e comparsas não desfilam mais com armas e drogas na região retomada e a população, mães e crianças não acharão mais ser algo comum bandido com fuzil na esquina, mas sim um policial demonstrando a presença do Estado na região.

A distribuição de gás de cozinha, televisão a cabo com furto de sinal, tudo regulado e comandado pelo crime. O comercio e as escolas funcionavam como e quando o crime queria e professor não poderia impor autoridade com medo da criminalidade.

Os bandidos tinham suas leis e julgamentos, problemas de vizinho era julgados por criminosos, e o Estado não tinha nenhuma autoridade, sequer conseguia entrar na área (no país) dos criminosos.

Não importava neste momento se os bandidos foram presos, pois o objetivo era devolver para o Brasil a comunidade governada pelos criminosos com o mínimo possível de morte de inocentes.

Na região invadida estima-se morarem ali mais de meio milhão de pessoas, densidade populacional superior a maioria das cidades do Rio Grande do Sul. Agora imagem todas essas pessoas governadas pelo crime e a policia na invasão atirando para todos os lados. - Não, o negocio era dominar o território com o mínimo possível de mortos ou feridos, por isso era preferível que bandidos fugissem a inocentes serem mortos.

Quando o helicóptero da policia flagrou centenas de bandidos fugindo pela mata poderiam ter atirado e matado a grande maioria, mas se assim agisse a policia estaria praticando uma barbárie, agindo como os criminosos o que seria repugnante. Se assim agisse a policia, ao invés de estar sendo elogiada em todo o mundo estaria sendo criticada pela pratica do “massacre do alemão”. Estaria a polícia fazendo sua própria lei sem a intervenção da justiça e a paz não reinaria na “comunidade”.

Como dito pelo Secretário de Segurança do Rio de Janeiro, criminoso sem casa, sem arma, sem moeda de troca e muito menos perigoso que criminoso com território livre para fugir, esconder armas, drogas e produto de seus furtos.

Frase da Semana: “Meu objetivo é tirar a arma pesada das mãos do bandido que domina territórios e escraviza comunidades. Agora o que não é admissível é um sujeito com arma na mão determinar aonde vai ou deixa de ir uma pessoa.” José Mariano Beltrame Secretario de Segurança do Rio de Janeiro.

Júlio César Sant'Anna de Souza

Advogado - OAB/RS 33.764

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